José Caetano vieira tem 27 anos, paga aluguel e, além de sobreviver trabalhando de maneira informal, é estudante universitário em Canaã dos Carajás. Em 2022, seu primeiro ano de faculdade, foi acometido de um problema sério em seu olho esquerdo.
Para contornar a angustiante situação, o rapaz precisou receber uma doação arrecadada via “vaquinha solidária”, pois, sua condição financeira o impedia de custear a partir do próprio bolso o tratamento e os meios públicos se mostraram muito morosos em um momento que exigia medidas mais otimizadas, devidos o risco de cegueira.
Após o tratamento, que durou três meses e custou 5.000,00R$, José foi aconselhado por um retinólogo a fazer de tempos em tempos consultas e exames para acompanhar sua saúde visual e impedir que o problema reincidisse.
A última consulta a qual o estudante foi submetido aconteceu na clínica Instituto dos Olhos em Canaã dos Carajás, por meio de uma autorização concedida pela unidade de saúde do bairro Novo Brasil, mediante o pedido de um clínico geral da unidade. Nessa ocasião, a profissional que lhe atendeu exigiu seis novos exames oculares, a fim de constatar, ou descartar a presença de um glaucoma em um dos seus olhos.
Com a solicitação da médica oftalmologista em mãos, José se encaminhou à unidade de saúde do bairro Novo Brasil com a certeza de que, assim como nas vezes anteriores, seria bem sucedido em seu objetivo. No entanto, para sua tristeza, a atendente do setor de regulação do “postinho” lhe informou que a secretaria de saúde do município não estava emitindo autorizações para aqueles tipos de exames há seis meses e nem havia previsões para a retomada.
Nem precisamos dizer o quão decepcionado o rapaz ficou, afinal de contas, ele já havia conseguido as autorizações para aqueles tipos de exames em um passado nem tão remotos assim, e agora essa?
Nota: Para manter seguras nossas fontes, utilizamos nome e idade fictícia para personagem dessa matéria
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